SUINOCULTURA DURANTE A EXPOPARANAVAÍ
sexta, 06 de março de 2020
Produtores devem considerar possibilidade de implantação da suinocultura na região
Produtores devem considerar possibilidade de implantação da suinocultura na região
Recado é de César da Luz, da Associação Paranaense de Suinocultura, que participará do seminário sobre o tema
“Quem atua no agronegócio e ainda não desenvolve a suinocultura, é normal que passe a considerar essa possibilidade e essa oportunidade de negócio, que potencializa a produção rural, e agrega a atividade aos atuais empreendimentos no campo, de forma consorciada. E esse é um dos motivos de se estar discutindo os meios necessários para implantar e desenvolver a suinocultura na região de Paranavaí”.
A afirmação é do procurador da Associação Paranaense da Suinocultura (APS) e consultor de agronegócio da C. Agro, César da Luz, que estará participando do I Seminário de Suinocultura do Noroeste do Paraná, que será realizado no próximo dia 11, quarta-feira, no Parque Costa e Silva, onde acontece a 49ª edição da Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Paranavaí (ExpoParanavaí).
A promoção do Seminário é do G8, grupo informal que reúne a Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), Sociedade Rural do Noroeste do Paraná, Sindicato Rural de Paranavaí, Unifatecie, Sebrae, Micropar, OAB-Paranavaí, Sindicato dos Contabilistas de Paranavaí e Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí e que discute alternativas para o fortalecimento econômico de Paranavaí. O evento tem o apoio da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Associação Paranaense de Suinocultura, Grupo C. Agro e Granja Dom Alfredo.
O Seminário é aberto a produtores rurais, técnicos, acadêmicos, prefeitos vereadores, secretários municipais de Agricultura e lideranças do agronegócio.
Questionado sobre as perspectivas do mercado diante do novo status sanitário do estado, o debate para expansão do polo suinícola para outras regiões, como a da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense) e as discussões que acontecerão no Seminário, Da Luz disse que o Paraná é atualmente o segundo maior produtor de suínos do Brasil, com cerca de 18% do plantel brasileiro e um rebanho confinado em média de 7 milhões de cabeças, além de um plantel de mais de 650 mil matrizes alojadas. Isto, segundo ele, dá ao Estado uma das melhores condições para expandir a atividade, seja nas regiões onde ela já representa muito para o Valor Bruto da Produção Agropecuária, como no Oeste e no Sudoeste do estado, ou em novas regiões que possam absorver todo o processo para que isso ocorra.
Ele vai além: “Isto não significa dizer que ao se falar sobre a possibilidade de uma expansão do setor suinícola no estado, seja algo a ser desconsiderado, muito pelo contrário. Em que pese a necessidade de se avaliar todos os pontos dentro desse processo, como se pretende discutir em Paranavaí, isso é extremamente positivo, por dois principais motivos: um, que a atividade está fortalecida neste momento, com um mercado mundial de carne em expansão, pelo que houve na China, com a Peste Suína Africana, que aqueceu o mercado, e outro ponto é o novo status sanitário conquistado pelo Paraná, hoje sem vacinação contra febre aftosa, algo que poderá ajudar para que se acesse novos mercados mais exigentes.
O representante da APS enfatiza que “quem atua no agronegócio e ainda não desenvolve a suinocultura, é normal que passe a considerar essa possibilidade e essa oportunidade de negócio, que potencializa a produção rural, e agrega a atividade aos atuais empreendimentos no campo, de forma consorciada. E esse é um dos motivos de se estar discutindo os meios necessários para implantar e desenvolver a suinocultura na região de Paranavaí.
O consultor de agronegócio aponta quais são os caminhos a seguir para a expansão da suinocultura, inclusive com o surgimento de novos polos de produção. Segundo ele, “a suinocultura é a atividade que mais emprega no meio rural, pois cada lote de animais precisa de mão de obra para cuidar da criação e que os animais atinjam o porte de abate nas melhores condições, tanto sanitárias quanto de desempenho animal. Então, além da disposição de se investir recursos para instalação de granjas de suínos, é preciso olhar para esse ponto, de ter pessoas qualificadas para o manejo animal”.
Além disso, - finaliza ele - é preciso considerar questões de logística de abate, pois as granjas precisam dar destino aos seus animais terminados. “Daí, a necessidade de uma agroindústria que absorva essa matéria prima. Então, é preciso que tudo seja avaliado, inclusive a demanda de mercado atual e futura, e não é de uma para outra hora que se terá instalado um novo polo suinícola nessa, ou em qualquer outra região do Brasil. O Centro-Oeste, por exemplo, que abrange vários estados, como o Mato Grosso e Goiás, fez um amplo estudo para que pudesse chegar no nível em que está, ainda em desenvolvimento. Na região de Lucas do Rio Verde e Sorriso, onde estão instalados os maiores modais, a maior parte do frigorífico de uma grande agroindústria está ociosa, seja por falta de mão de obra local, ou mesmo de produção a campo”.
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